Na realidade é um procedimento, de avaliação dos efeitos de segunda ordem, que leva em conta o processo construtivo do Edifício, ou seja considera a eliminação de parte dos deslocamentos verticais, devido ao nivelamento ocorrido na concretagem de cada andar.
Para levar em conta o efeitos construtivos e corrigir os diagramas de momentos fletores, aumenta-se a área da seção transversal dos pilares, fazendo com que sua rigidez seja aumentada. Logicamente este aumento é somente para a análise estrutural, os pilares continuarão com suas dimensões reais. São utilizados um percentual mínimo e um percentual máximo de aumento da seção dos pilares, para o piso no topo será utilizado o percentual mínimo, na solo o percentual máximo e nos outros pisos será interpolado um valor . Também é possível optar pelo cálculo levando em conta também a fissuração, conforme NB16118.
O acréscimo das dimensões do pilar por um percentual, produz efeitos diferentes na inércia e na área do pilar, por ex: para um aumento de 10% nas dimensões ( bw e h) de um pilar a área é aumentada em 1,1² ou seja Área Nova igual a 1,1² vezes Área Antiga, já para inércia o valor do aumento é 1,1² vezes 1,1² (valor elevado a quarta potência)
Efetua-se a análise linear no primeiro passo, somente com as carga verticais e com a área dos pilares aumentada, usando-se a matriz de rigidez tangente (porém como é a primeira aplicação das cargas, os deslocamentos e esforços internos são nulos) . Os deslocamentos e distribuição das forças normais serão utilizados no calculo da matriz de rigidez secante na primeira iteração do segundo passo.
No segundo passo, sera aplicado os esforços horizontais com as áreas e inércias corretas dos pilares, será executado uma análise não-linear progressiva de dois passos, cada um com metade da carga. Para cada iteração. Serão feitas sucessivas correções da matriz secante levando em conta os deslocamentos e esforços internos da iteração anterior, repetindo-se até o equilíbrio do carregamento de cada passo.
Obtém-se assim os esforços de segunda ordem sem o erro nos deslocamentos verticais, quando não são considerados os efeitos construtivos (Vide desenho acima)
Abaixo fluxograma de funcionamento da análise não linear geométrica com dois passos incremental, levando em conta o aspecto construtivo.
É informado o valor mínimo e máximo da majoração dos pilares ou seja para a cobertura aplicação a majoração mínima na área do pilar , no térreo a majoração máxima , para os outros pisos interpolar o valor . Caso queira utilizar um valor constante faça valor do Min e do Max iguais.
Pode efetuar NLF (fissuração preconizada pela NBR6118 redução dos E) concomitantemente.
Percentual de erro, aceitável.
Número de incrementos de carga para a parcela restante da carga vertical, + as outras cargas
Percentual da carga vertical que será utilizada no primeiro passo, será a parcela da carga referente ao peso próprio.